Garibaldi VG Palava, varietal elaborado com uva de origem na República Tcheca, é o primeiro do Brasil:
A vocação da Cooperativa Vinícola Garibaldi em prover ao mercado rótulos que ampliem as sensações em degustar um vinho se manifesta, mais uma vez, com a originalidade que marca sua trajetória quase centenária. A vinícola novamente reforça esse preceito e lança o inédito Garibaldi VG Palava, primeiro vinho dessa variedade elaborado no Brasil, após um intenso trabalho de pesquisa e desenvolvido em seu vinhedo experimental.
O vinho que chega para renovar o apetite do consumidor atento a novidades é um varietal branco cujo destaque está em seu intenso potencial aromático. Enólogo da Cooperativa, Ricardo Morari enaltece as notas de frutas de caroço que o lançamento traz, como as de pêssego e de nectarina, além de um pouco de rosas. "É um vinho com várias camadas de aroma", analisa Morari. O Garibaldi VG Palava, segundo vinho a ser acrescentado neste ano à linha de produtos premium da marca – o primeiro foi o Tannat –, também tem esses aromas presentes em boca como uma de suas características. "O Palava tem boa acidez e, consequentemente, um bom frescor, o que é fundamental para os vinhos brancos. Além disso, seu retro gosto é intenso, sendo que os mesmos aromas que sentimos no nariz se manifestam em boca após a degustação, e com boa persistência", constata Morari.
A uva Palava é uma das mais de 60 variedades que a Cooperativa Vinícola Garibaldi vem cultivando a partir de testes de resistência, em vinhedos experimentais, a fim de identificar as mais adaptáveis ao terroir local. A Palava é uma das que mostram, assim como foi com a Viognier – cujo espumante lançado em 2023 já colheu medalhas em países como França e Hungria –, como esse trabalho de pesquisa da cooperativa rende frutos. Literalmente. "Com essa casta, podemos produzir vinhos de grande potencial", observa o gerente técnico da Cooperativa, Evandro Bosa.
Embora seja europeia, a Palava faz parte de um grupo de uvas viníferas mais incomuns, mas de grande identificação com seu país de origem, a República Tcheca. Bosa explica que seu nascimento vem de um cruzamento das cultivares Traminer com Müller Thurgau. "É uma uva vinífera que se vinifica em branco. Tem bastante frescor e aroma pronunciado com notas que recordam a variedade Traminer, de ótima acidez e corpo", compara Bosa.
A variedade prefere climas frios e solos com pouca ou média matéria orgânica, e se adapta tanto a relevos planos como montanhosos. Uma de suas características é a boa resistência a doenças fúngicas, e seu tratamento se assemelha à de outras variedades para vinho. "Os tratos culturais e fitossanitários são muitos parecidos com as demais uvas viníferas", garante Bosa.
O plantio dessa uva começou em 2019. Hoje, três cooperados produzem Palava, totalizando dois hectares nos municípios de Santa Tereza e Garibaldi. Um deles é o produtor João Paulo Berra. O cooperado destinou 0,25 hectare dos oito que possui na Linha 130 da Leopoldina, em Santa Tereza, para o cultivo da uva tcheca. A primeira safra foi colhida por ele neste ano, com uma produtividade de 6 toneladas. "Uma das principais qualidades dela é seu elevado teor de açúcar. Essa ideia da cooperativa em buscar novas variedades é muito boa, porque foge um pouco das já convencionais que são uma tradição aqui, uma vez que no mundo existem tantas com bom potencial, como é o caso da Palava", constata o produtor.
Crédito: Philogus
Informações para a imprensa: Viviane Somacal